Produção Musical: iniciando a composição

Na primeira parte da nossa série de artigos nós falamos sobre como se preparar para começar a produzir.

Neste artigo, vamos começar a abordar a composição.

A construção de uma música vai muito além de um agrupado de notas e melodias e um texto encaixado entre elas.

Atualmente vivemos um momento diferente e o cenário musical vem passando por transformações profundas.

Antigamente, o difícil era conseguir mostrar o seu trabalho, ter um espaço na mídia ou conseguir gravar o seu material por uma gravadora que acreditasse no seu trabalho.

Hoje em dia, com o advento da internet e dos home studios, as questões anteriores deixaram de ser um problema. Porém, novos problemas apareceram. Hoje, a dificuldade maior é conseguir se destacar no mar de produções das quais estamos expostos diariamente, seja no Youtube, nos serviços de streaming, nos portais destinados a música e até mesmo nas rádios.

Mas o que isso quer dizer?

Significa que hoje, para nos destacarmos, dependemos de, entre outros fatores que falaremos mais para frente, de uma boa composição. A boa composição é predeterminante para que um artista ou uma banda atinja o objetivo de exposição que tanto busca. Sabemos que a divulgação também é importante, mas se a música não for boa, nenhuma divulgação fará milagres.

OK, mas então o que há de diferente no processo de composição de hoje?

Antigamente, como o acesso às composições eram limitados, dependíamos de uma certa “definição” de padrão das mídias e grandes gravadoras. O povo era um pouco “doutrinado” ao que ouvir.

Mas hoje, qualquer um pode ter acesso a qualquer tipo de música e as diferenças de estilos e mercados deixou a música mais segmentada. Criou-se o mercado de nichos.

Então, quando você chega o momento de compor, hoje em dia, é importante saber o público e o mercado que você pretende entrar e saber se a sua composição corrobora com alguns preceitos e estilos predefinidos, principalmente quando falamos de pop music. E aqui incluímos os estilos que estão em alta no mercado, como o sertanejo aqui no Brasil, por exemplo.

É claro que existem os nichos mais “liberais”, onde o ser diferente é o que conta. Mas isso não deixa de ser um pré requisito, não é mesmo?

Então, na hora de compor, é importante saber onde você quer chegar e direcionar essas composições de acordo com os seus objetivos. Estude o estilo e tente desvendar a “fórmula mágica” que alguns artistas encontraram para conseguir o destaque. Procure adaptar alguns desses conceitos a sua nova criação.

A produção dos arranjos e melodias vão ajudar muito nesse processo, mas é importante você já saber onde quer chegar.

No próximo artigo, vamos falar sobre o processo de composição, que irá complementar esse nosso artigo de hoje.

Até lá!

Gustavo Schafer

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